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Ronaldo em sua estreia pelo Corinthians. (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians) |
Todos se assustaram quando, no dia 09/12/2008, o Corinthians anunciou
a contratação de Ronaldo. Bicampeão mundial, maior artilheiro
da história da Copa do Mundo na época e eleito o melhor jogador do mundo
por três vezes (1996, 1997 e 2002), o atacante passava por mais uma
lesão no mesmo joelho e era uma dúvida gigantesca.
Recém promovido à elite do futebol brasileiro, o Timão se via na mesma situação de Ronaldo: a de um gigante desacreditado.
Após
a queda no Brasileirão de 2007, a Fiel Torcida era humilhada por todos
seus rivais. O São Paulo vinha de um tricampeonato brasileiro e de uma
Libertadores e um Mundial em 2005; o Palmeiras, seu maior rival, venceu o
Paulistão de 2008 com propriedade. Vale lembrar que, na mesma competição, o Corinthians não se classificou para as semifinais do Estadual. Mesmo com a campanha histórica na Série B de 2008, onde
conquistou 85 pontos em 38 jogos, o Alvinegro era o que seria hoje a
“4ª força” do estado no ano de 2009. Nem a contratação de Ronaldo mudava
esse patamar.
O atacante de 32 anos disputou apenas 20
jogos e marcou 9 gols durante sua passagem no Milan. Uma passagem que fora
encurtada por conta de outra lesão no joelho esquerdo. A idade parecia
ter chegado, junto ao declínio físico, devido às lesões no joelho, e
técnico, marcado por uma queda representativa no seu rendimento.
Ambos necessitavam de um 2009 ‘fenomenal’ para se reafirmarem, e foi isso que aconteceu.
Dois anos mágicos
Há
exatos onze anos, no dia 04 de março de 2009, ele entrava em campo pela primeira
vez com a camisa alvinegra. Era a primeira vez desde o dia
14 de fevereiro de 2008, quando novamente lesionou o mesmo joelho, que ele entrava em
campo em uma partida oficial. Aos 22 minutos do segundo tempo do jogo contra o Itumbiara/GO, pela Copa do Brasil, Ronaldo entrou no lugar de Jorge Henrique e entrou de vez na história do Corinthians.
No
jogo seguinte, aconteceu o seu primeiro passo rumo à afirmação: em
pleno Derby, aos 48 minutos do segundo tempo, Ronaldo marcou o gol de
empate. O seu primeiro com a camisa corinthiana não foi um gol de placa,
foi um gol de ‘alambrado’.
Até
o final de sua passagem no Parque São Jorge, o Fenômeno disputou 69
partidas e marcou 35 gols. Dentre os mais importantes, marcou nas duas
finais de 2009, contra o Santos no Paulistão e contra o Internacional na
Copa do Brasil.
Ronaldo coroou o ano da volta
corinthiana: dois títulos, valorização da marca e o início da era mais
vencedora da história do clube paulista.
Um legado contínuo
Seus méritos
não pararam por 2009: com influência de Ronaldo, em 2010 o clube
inaugurou o C.T Joaquim Grava, um dos mais modernos do país.
Mesmo
com um 2010 – ano do centenário do clube – marcado por lesões, a eliminação trágica na Libertadores e
por ‘bater na trave’ no Brasileirão e seus poucos dias em 2011 manchados
pela eliminação contra o Tolima, o torcedor corinthiano sempre lembrará
com brilho nos olhos tudo o que o Fenômeno fez pelo clube.
Apesar
de já ter aposentado e não ter cargo oficial no clube, sempre que pode
Ronaldo ajuda o time e aparece na Arena Corinthians para assistir os
jogos do time. Em maio de 2019, inaugurou a Arena Ronaldo, uma quadra poliesportiva no terreno da Arena Corinthians, em frente ao setor Norte, e foi homenageado na camisa I da temporada. Na época, Fenômeno não poupou elogios ao clube e sua torcida: “Eu estava relembrando minha apresentação no Parque São Jorge, e conhecer
de perto essa torcida pra mim foi muito emocionante e me motivou muito
mais. Era um motivo de muita honra vestir essa camisa. Muito obrigado ao
bando de loucos”.
11 anos atrás, sua caminhada começou. Um ídolo gigante para um time gigante. Juntos, voltaram às glórias.
Coroados, mostraram sua força. Algo pra lá de ‘fenomenal’!
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