A temporada 2022 terminou com a torcida sorrindo esperançosa… um ano que começou muito mal terminou prometendo que 2023 seria ainda melhor… Foi quando o traíra, em férias, ignorou a sogra e a promessa de nunca fazer contrato de dois anos e ir para a gávea.

E depois veio Duílio e a efetivação do estagiário e – agora – ex-treinador Fernando Lázaro como técnico. Mais uma pré-temporada jogada fora. Depois da bizarrice veio ainda outra… A contratação do treinador-descondenado-por-estupro-de-criança gerando uma onda de elogios da Fiel-Quartel (ou Fiel-AI-5, como preferirem) e obviamente um barulho muito maior dos Corinthianos e Corinthianas, inclusive do Futebol Feminino, talvez a única coisa que preste no Timão quando o tema é futebol… Depois do sujeito que durou 2 jogos (uma derrota e uma classificação nos penais contra o poderoso time do Remo, não custa lembrar) veio o Profexô. E quando a única conclusão possível desta contratação aconteceu, veio Mano Menezes.

É, foi ruim à beça
Mas pensei depressa
Numa solução para a depressão
Fui ao violão
Fiz alguns acordes
Mas pela desordem do meu coração
Não foi mole não
Quase que sofri desilusão
Quase que sofri desilusão (Tristeza)

Já nossas mulheres, essas sim, nos deram alegrias e muitas. Foi um 8×0 na rival, foi mais título que derrota, foi final com goleada em cima do time da Vila Sônia, foram 17 títulos desde que a modalidade foi recriada no Timão, em 2016.

Como o Corinthians não vive de títulos, vive de torcida, as brabas também bateram o recorde de público na América do Sul, com 42.566 fiéis presentes na final do Brasileirão, contra a Ferroviária, rival no feminino, mas que atualmente está mais para freguesas, mesmo. Como recorde pouco é besteira, ainda teve recorde de gols marcados, que, no caso das brabas era de 2017, na parceria com o Audax, com 149 gols. Em 2023 foram 157 gols marcados.

Enquanto isso, no masculino…

Tristeza, tristeza foi assim se aproveitando
Pra tentar se aproximar
Ai de mim
Se não fosse o Portilho a Zanotti e o Feminino
Pra ajudar a marcar meu tamborim
Pra ajudar a marcar…

E veio o fim de 2023, escapamos do rebaixamento, nos livramos da Renovação e Transparência e a esperança voltou a nos atormentar. Contratações prometidas, ACABOU A FARRA, berrava o fanfarrão e nós todos nos despimos da persona-coringão-sofredor e encarnamos os otimistas…

E veio a realidade, as cinco derrotas seguidas e a queda… do Mano Menezes… O time do faz-me-rir, fez todo mundo acabar com a farra, menos nós mesmos… Vestimo-nos novamente do mantra ‘corinthiano-maloqueiro-e-sofredor-graças-a-deus’ e assistimos assustados à chegada de um novo português…

Mas não é que o nosso galã de Lisboa, Abel da promoção, acabou com o faz-me-rir e trouxe duas vitórias seguidas, uma goleada e gols de Don Juan Yuri Alberto? As Corinthianas e os Corinthianos podem reclamar de tudo, menos de tédio.

Seguimos então, na voz de Jovelina Pérola Negra, que é de samba e sofrimento que vivemos nós filhos e filhas de São Jorge.

Logo eu com meu sorriso aberto
E o paraíso perto, pra vida melhorar
Malandro desse tipo
Que balança mais não cai
De qualquer jeito vai
Ficar bem mais legal

Pra nivelar
A vida em alto astral

Samba aqui, Samba lá e tem Derby no domingo… Vamos dormir com esse barulho…

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