As Brabas e o resgate da essência do futebol brasileiro

por | fev 18, 2024 | Análises, Crônica, Futebol Feminino, História, Opinião

O ataque avassalador que encanta torcedores, rivais e o mundo

Neste domingo (18), o Corinthians conquistou o título da Supercopa Feminina pela terceira vez após vencer o Cruzeiro por 1 a 0. Com direito a Neo Química Arena lotada, um público repleto de crianças, mulheres e famílias, o alvinegro resgatou a essência do futebol brasileiro. Sob o comando de Lucas Piccinato, as Brabas venceram três jogos, anotaram sete gols e sofreram apenas dois.

Em seu primeiro torneio oficial pelo Timão, o novo técnico aproveitou a base de uma equipe campeã de tudo e fez da versatilidade do ataque a sua principal arma. Mesmo após a saída de Arthur Elias, que fez um trabalho impecável no comando de uma hegemonia na modalidade, o elenco não se abateu e seguiu passando por cima de seus rivais.

Foto: Mauro Galvão

O avassalador ataque alvinegro

No comando ofensivo das Brabas, existem diversas opções com características e valências diferentes, o que causa uma dor de cabeça nas adversárias e um alívio para o Timão. Não podemos deixar de sempre elogiar a diretora Cris Gambaré, grande responsável pela formação deste elenco.

Dito isso, Piccinato tem em mãos os dribles e improviso de Jaqueline. A velocidade e mudança de direção da Gabi Portilho. O faro de gol e bom posicionamento de Milene. Isso entre as titulares, mas quando o técnico olha para o banco tem Jheniffer, a pivô artilheira raiz e formada no futsal. A juventude e explosão física de Eudimilla, destaque da temporada passada na Ferroviária. Miriã e toda a sua velocidade. Além da qualidade e experiência de Fernanda. Por fim, a maior artilheira da história do clube, Vic Albuquerque, que mesmo sendo uma meio-campista é um combo de todas as melhores qualidades que uma peça ofensiva pode entregar.

Para um ataque tão perigoso funcionar, toda a equipe precisa estar alinhada a essa estrutura. Começando com a saída de bola acima da média nos pés de Tarciane e Mariza. Os apoios de Belinha e Yasmim, que ainda ajuda e muito na bola parada. Um meio-campo de muita qualidade e combate físico com Ju Ferreira, Duda Sampaio e Gabi Zanotti, o grande cérebro da equipe e que causa uma confusão enorme para as defensoras adversárias.

Ainda há o que melhorar

E não podemos esquecer de outras opções no elenco como Letícia para a lateral-direita, Daniela Arias e Erika para a zaga, a lateral/ponta Tamires. Meias como Yaya e Gi Fernandes, entre outras atletas. Enfim, em seus primeiros dias de trabalho no comando do Corinthians, Lucas Piccinato manteve o alto nível da equipe, aproveitou o sólido trabalho de seu antecessor e fez do ataque o diferencial na busca de “executar” a equipe oponente, como ele disse durante a preleção na semi-final.

Alguns ajustes podem ser feitos, principalmente na fase defensiva, dando uma proteção maior a Kemelli, ajustando as coberturas e a marcação na bola parada. Fazendo que um ataque tão perigoso tenha a segurança de uma defesa sólida e comprometida.

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