Com a demissão de Mano Menezes, o Timão precisou se movimentar rápido no mercado para não perder tempo em negociações com o novo substituto devido ao momento péssimo que o clube enfrenta no Paulistão. Com isso, a diretoria alvinegra já corre atrás de encaminhar a contratação de António Oliveira, até então treinador do Cuiabá.
Com a contratação do técnico português encaminhada, muitas dúvidas surgiram sobre a forma de trabalho de António Oliveira em suas passagens principalmente por Athletico Paranaense e Cuiabá, onde até o atual momento, ainda é técnico do clube. Como as negociações aconteceram de forma muito rápida, o tempo para termos um panorama geral dos trabalhos de António é muito curto, por isso, entramos em contato com alguns torcedores de Athletico Paranaense e Cuiabá para ouvir e entender qual a perspectiva dos torcedores em relação ao trabalho do portugûes em cada uma das respectivas equipes.
Matheus Queiroz (@matheusqrz99), head de comunicação da @r10score e torcedor fanático do Cuiabá, acompanha diariamente a equipe mato-grossense e respondeu nossas perguntas:
Como está sendo a passagem de Antônio Oliveira como técnico do Cuiabá?
“Passagem excelente. Um treinador que sabe usar o que tem em mãos, sabe a hora de ousar e a hora de fazer o básico, tem estratégias diferenciadas que sempre funcionavam.”
Como é o comportamento do treinador em relação aos jogadores mais experientes e como ele “controlava” a equipe para que não ficassem acomodados? (Se acontecia)
“Os jogadores adoram o António, o vêem como um maestro mesmo, sempre fazem o que pedem sem pensar 2x e estão sempre juntos delee nas boas e nas más partidas. Controla bem o vestiário, a prova disso são as mudanças bruscas de desempenho do primeiro para o segundo tempo em algumas partidas.”
Qual seriam os principais pontos negativos e positivos do António neste trabalho atual no Dourado?
“Os pontos positivos seria o sistema defensivo com um contra-ataque mortal que nos deu tantos pontos no Brasileiro, mesmo tendo apenas 3 finalizações no jogo com 30% de posse de bola.
De negativo é que o António nunca soube propor o jogo quando tinha que propor. Sempre jogava na retranca com contra-ataques, principalmente dentro de casa.”
Como você enxerga essa quase certa saída dele para o corinthians? Fará falta? É um cara muito importante para o Cuiabá hoje ou apenas mais um treinador que passou pelo clube?
“Uma facada né?! O projeto todo para esse ano se voltou ao pensamento dele. Vai fazer falta com toda certeza, é de fato uma peça fundamental para todo o elenco da equipe profissional. Encontrar alguém que entenda a filosofia do Cuiabá e executar como ele fez vai ser extremamente dificil!”
Se pudesse dar um conselho para um amigo corinthiano, o que poderia falar sobre António?
“Aos amigos corinthianos preocupados com o péssimo inicio de temporada, o António não vai ser o mago que vai trazer títulos já nessa temporada. Provavelmente vai fortalecer o sistema defensivo de vocês e fazer uma Série A sem sustos, melhor do que foi a do ano passado, mas sem chegar as cabeças.”
Conversamos também com o pessoal da CAPTT (@_CAPTT), página focada em cobrir o dia-dia do Furacão nas redes sociais para ouvir sobre a passagem do português pela equipe paranaense.
“A passagem de António Oliveira no Athletico foi muito boa porém conturbada por fatores internos. Demonstrou ser um técnico que gosta de ter a bola, propor o jogo quando possível, com uma equipe bem competitiva e que joga pra ganhar. Existiu uma desconfiança em certo momento por ganharmos sempre por de 1-0, mesmo criando muitas oportunidades. Mas com o tempo isso foi mudando. Infelizmente os fatores internos atrapalhavam as escalações e com o passar do tempo, após uma sequencia negativa no brasileiro e desclassificação no campeonato paranaense, pediu demissão.
Foram 21 vitórias, sete empates e 12 derrotas em 40 jogos (58% de aproveitamento).”
“A relação com os jogadores mais experientes sempre foi muito boa. Dando voz e dividindo suas ideias com Santos, Thiago Heleno e Nikão, soube conduzir o vestiário de uma forma muito boa. Sempre muito firme e com muito diálogo, fez com que o elenco comprasse suas ideias.”
“Positivo: Convicto na sua forma de jogar e no modo em que defende seu elenco. Na derrota chama a responsabilidade e nas vitórias reconhece seus jogadores. Negativo: Errava muito em substituições, demorava pra mexer. E no trato nas coletivas. As vezes perdia a paciência.”
“Existiu um atrito do Jadson com o técnico. O jogador muitas vezes não era relacionado ou apenas entrava no segundo tempo das partidas. Isso criou um desgaste grande e dizem que Jadson colaborou muito para que ele perdesse o vestiário.
Nesse período veio uma sequência negativa, desclassificação no estadual e ele não resistiu. Mesmo assim deixou o time nas semifinais da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, onde fomos campeões com Alberto Valentim.”
0 comentários